segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Estudo sobre a sobrevivência ao suicídio de familiares - dissertação de mestrado

Sobrevivendo ao suicídio: estudo sociológico com famílias de suicidas em Curitiba
Nei Ricardo de Souza, Mestrando em Sociologia (UFPR) – nrsouza@yahoo.com
José Miguel Rasia, Professor Orientador (UFPR) – jrasia@ufpr.br

Resumo 
A publicação de O Suicídio, de Durkheim, foi um marco na teoria sociológica, embora já existissem preocupações com este tema antes desta obra. Após seu surgimento outros autores se dedicaram a continuar este estudo. Via de regra uma abordagem estatística é adotada: busca-se estabelecer correlações entre a taxa de suicídios e outras variáveis sociais. Aqui o suicídio é tratado sob outro enfoque. O objeto de trabalho selecionado são os familiares de suicidas, que normalmente participam da vida da vítima e sobrevivem a ela para contar sua história. O objetivo almejado é, portanto, compreender como estes familiares reagem à perda de um parente que tirou a própria vida. Para isso emprego a entrevista não-diretiva com estes sujeitos. A partir desta coleta de dados foi possível compreender diversos aspectos das famílias onde sobrevêm casos de suicídio. O sentimento de culpa, a interação social com o suicida, as relações de poder e o papel da religião são alguns dos elementos analisados. A hipótese que norteou a pesquisa é que o discurso médico vincula o suicídio à existência de transtornos mentais e encobre outros discursos. Concluo que embora haja vários fatores que contribuem para o suicídio o discurso médico predomina e analiso possíveis razões para que isso aconteça.
Palavras-Chave: Suicídio; Sociologia da Saúde; Família.

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